19 anos da Lei Maria da Penha: Bauru e Marília registram aumento nos pedidos de medida protetiva em 2025

  • 07/08/2025
(Foto: Reprodução)
19 anos da Lei Maria da Penha: Marília registra aumento nos pedidos de medidas protetivas Agosto é conhecido como o mês de combate à violência doméstica no Brasil e nesta quinta-feira (7) a Lei Maria da Penha completa 19 anos e reforça a importância do combate à subnotificação dos casos de agressão contra as mulheres. Nesse contexto, as campanhas de conscientização, divulgação dos canais de ajuda e incentivo às denúncias, colaboram para o crescimento dos registros e, em consequência da emissão de medidas protetivas pela Justiça. Em Marília, o número de agressões registradas contra mulheres cresceu mais de 75% nos últimos cinco anos e só no primeiro trimestre deste ano, foram 187 medidas protetivas emitidas, uma média de duas por dia, segundo dados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp Nos seis primeiros meses do ano, dado mais recente divulgado pelo TJ, o número saltou para 763 medidas, quase 10% a mais que o mesmo período em 2024, quando foram emitidas 699 medidas protetivas (no ano todo foram 749, número também abaixo dos seis primeiros meses de 2025). Gráfico mostra os números de medidas protetivas concedidas para vítimas de violência entre 2019 e 2024 Arte Leonardo Moreno/ TV TEM Em Bauru, o aumento foi ainda maior, de mais de 81%. Entre janeiro e junho de 2024 foram 628 medidas protetivas concedidas pela justiça e nesse ano esse número saltou para 1.141, um aumento de 81,69%. (Em todo o ano foram 1093, número também abaixo das concedidas nos seis primeiros meses de 2025). Dados sobre medidas protetivas dos últimos em 2025 Arte Leonardo Moreno/ TV TEM Denúncia que muda realidades A possibilidade de mudar a realidade por meio da denúncia foi o que salvou a vida da Maria (nome fictício para preservar a identidade da entrevistada), que viveu em situação de violência por mais de cinco anos. Em entrevista ao g1, ela conta que no relacionamento, o que ela queria não tinha importância, só valia o que o companheiro queria. E tinha que ser do jeito dele. “Eu não tinha voz. Estava presa emocionalmente, não conseguia sair, mesmo sofrendo,” diz ela. A agressão que Maria sofreu não foi só física. Teve a violência que a gente não vê, a psicológica. É quando o parceiro humilha, ameaça, controla e limita a liberdade. “Eu me sentia pequena, culpada. Achava que merecia aquilo, que não conseguiria sair da relação,” lembra. E não é só com a Maria que isso acontece. Os casos de violência doméstica, na verdade, são sintomas de um problema maior, o machismo estrutural. Cada número tem uma história por trás, uma mulher que foi agredida dentro da própria casa, muitas vezes por quem dizia a amar. A violência pode ser física, mas também psicológica, sexual, patrimonial ou moral, e todas deixam marcas profundas. Maria lembra da primeira agressão: “Ele me bateu ainda quando a gente estava se conhecendo, começando a namorar. Eu achava que era coisa do começo, que ele ia mudar. Mas depois de cinco anos, indo e voltando, eu parei e olhei pra mim. Vi que merecia ser feliz e que aquilo que eu achava que era felicidade, me fazia mal, me adoecia.” Foi o apoio da família que ajudou Maria a sair daquela prisão invisível. “Muita gente achava que eu gostava daquilo, que eu queria estar ali, mas não é assim. A gente fica presa, sem força pra sair.” Mas o tempo para pedir ajuda muitas vezes curto, já que muitas mulheres acabam sendo assassinadas dentro de casa, onde deveriam estar seguras. No último sábado (2), uma mulher de 55 anos foi morta a facadas, em Vera Cruz (SP). Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o principal suspeito do crime é o companheiro da vítima. O homem foi encontrado em Pompeia (SP), ainda no sábado, após fugir de uma abordagem na cidade do crime. Ele foi encontrado na casa de um conhecido. Detido pela Polícia Militar, o suspeito confessou o crime e disse que agiu por ciúmes. Marília oferece atendimento e apoio emocional para vítimas de violência doméstica Maycon Oliveira/ TV TEM Apoio emocional Lei Maria da Penha completa 19 anos: veja onde buscar ajuda no interior de SP Hoje, graças à Lei Maria da Penha, que criou serviços como delegacias especializadas, a mulher não precisa sair de casa para buscar ajuda. Ela pode ligar para o 180 e denunciar a situação que está vivendo de forma segura a qualquer hora. A ligação é gratuita e pode ser anônima. Um gesto simples também pode ajudar: o “sinal da mão”. A vítima fecha a mão, levanta o polegar e depois o fecha dentro do punho, pedindo socorro de forma discreta. Ao perceber esse sinal, qualquer um devem buscar ajuda imediatamente, acionando a polícia ou os serviços de proteção. Em Marília, o Centro de Apoio, na Rua Quatro de Abril, 763, também acolhe essas mulheres. Lá, elas recebem encaminhamentos para atendimentos psicológico, médico e jurídico. Maria, que conseguiu sair dessa situação, deixa um alerta: “Para mulheres que estão nesse tipo de relacionamento, eu peço que fiquem atentas aos detalhes. São neles que vemos o caráter de cada homem... um empurrão, um tapa, tudo é agressão… E só piora com o passar do tempo.” Frases motivacionais na parede do centro de apoio em Marília Maycon Oliveira/ TV TEM Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília. VÍDEOS: assista às reportagens da região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2025/08/07/19-anos-da-lei-maria-da-penha-bauru-e-marilia-registram-aumento-nos-pedidos-de-medida-protetiva-em-2025.ghtml


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