Operação do Gaeco que investiga desvios milionários de recursos da saúde prende 9 pessoas em Catanduva

  • 07/08/2025
(Foto: Reprodução)
Operação prende diretores e ex-diretores de entidade de saúde de Catanduva Nove pessoas foram presas em Catanduva (SP), até a tarde desta quinta-feira (7), durante uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), para identificar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a gestão de uma Organização Social da Saúde da cidade. Membros da OS ligados à diretoria do Hospital Psiquiátrico Mahatma Gandhi foram presos temporariamente em Catanduva. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp Conforme divulgado pelo Gaeco, a investigação apontou que houve desvios milionários de recursos públicos, com valores transacionados que teriam ultrapassado R$ 1,6 bilhão. Durante a operação, denominada Duas Caras, a Justiça expediu mais de 100 mandados. Entre eles, 12 de prisão temporária e outros por afastamento da OS, busca e apreensão e indisponibilidade de bens. Eles foram cumpridos em Catanduva, Arujá (SP), Carapicuíba (SP), Piracicaba (SP), Viradouro (SP) e Bauru (SP), além de Rio de Janeiro (RJ), Maricá (RJ), Alfredo Chaves (ES), Palhoça (SC), Itapoá (SC), Mafra (SC) e São José (SC). O grupo criminoso firmava contratos de gestão junto a esses municípios. A partir da gestão das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), contratava empresas terceirizadas que eram integrantes do próprio grupo. Essas empresas emitiam notas fiscais frias e superfaturadas. Esquema utilizava a Organização Social de Saúde (OS) Hospital Psiquiátrico Mahatma Gandhi, sediada em Catanduva (SP) Monize Poiani/TV TEM À TV TEM, a FVS, empresa de administração e gestão judicial, informou que assumiu a administração da Associação Mahatma Gandhi e da Organização Social de Saúde Mahatma Gandhi por determinação judicial devido ao afastamento da antiga diretoria para apuração de possíveis irregularidades. O objetivo da intervenção é regularizar a situação da entidade. A investigação apontou também que a gestão da OS selecionou alguns agentes do grupo criminoso para expandir seus contratos nos demais estados. Esse núcleo de expansão constituiu uma empresa que funcionava com um departamento extrajudicial da entidade, fazendo contabilidade paralela, lavagem de capitais e pagamentos indevidos. João Paulo Gabriel de Souza, promotor do Gaeco, em entrevista coletiva em São José do Rio Preto (SP) Rogério Pedrozo/TV TEM Duas frentes de atuação Em entrevista coletiva, João Paulo Gabriel de Souza, promotor do Gaeco, explicou que, entre os funcionários contratados pelas terceirizadas para participar do esquema criminoso, foram identificadas duas frentes de atuação. "Nós identificamos duas frentes: uma primeira relacionada a prestadores de serviço, por exemplo, equipes que faziam treinamento dos médicos, dos enfermeiros, fazendo cursos de primeiros socorros, e também empresas que forneceriam bens e produtos. Há uma outra linha de investigação identificando um superfaturamento na folha de pagamento", explicou. Conforme o promotor, a gestão fraudulenta da OS acarretou reflexos negativos, inclusive com registros de mortes em unidades administradas pelo grupo suspeito, além de ações trabalhistas. Diante da suspeita, a Justiça determinou a intervenção na entidade em Catanduva com o objetivo de garantir que os serviços de saúde contratados sejam feitos de forma regular. A determinação da Justiça ainda proibiu a rescisão dos contratos de gestão pelo prazo de 30 dias. Por ser uma ação interestadual, teve a participação dos Ministérios Públicos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, assim como da Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo, Receita Federal e Polícia Militar paulista. Entrevista coletiva realizada pelo Gaeco em São José do Rio Preto (SP) Rogério Pedrozo/TV TEM Em Bauru Mandados de busca também foram cumpridos em Bauru , onde a OS também é responsável pela gestão de três unidades básicas de saúde. A ação tem como alvo uma organização social responsável pela gestão das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município. O objetivo é investigar indícios de irregularidades na compra de materiais e na contratação de serviços nas unidades administradas pela entidade, além do possível desvio de recursos públicos. Lavagem de dinheiro Nesta quinta-feira, O ex-prefeito de Bebedouro Fernando Galvão Moura foi um dos alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal. As investigações apontaram que ele tinha ligação com a OS de Catanduva. Segundo a PF, o grupo utilizava a Organização Social de Saúde Hospital Psiquiátrico Mahatma Gandhi como gestora de recursos da área da saúde de unidades hospitalares de Bebedouro. Esta OS teria firmado contratos com empresas de fachada ligadas aos próprios dirigentes e sócios e desviava recursos destinados à rede pública de saúde. Um dos contratos está avaliado em R$ 13,2 milhões. A Operação Descalabro cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, além de ordens de sequestro de bens e valores dos investigados. Em Bebedouro, foram cumpridos mandados na casa e no escritório de Moura. Ao g1, a defesa do ex-prefeito informou que ele nega participação no esquema e disse que ele vai se manifestar nos autos do processo. Ainda segundo a defesa, Fernando Galvão Moura só foi ligado na investigação da Polícia Federal porque os desvios aconteceram na época em que ele era prefeito, mas não têm qualquer ligação com o grupo. Os envolvidos no esquema podem responder pelos crimes de peculato, corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações públicas. Em nota encaminhada ao g1, a Prefeitura de Bebedouro informou que não responde a qualquer investigação da Polícia Federal e que não foi objeto das diligências policiais realizadas na manhã desta quinta-feira. Fernando Galvão Moura, ex-prefeito de Bebedouro, SP Reprodução/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2025/08/07/operacao-do-gaeco-que-investiga-desvios-milionarios-de-recursos-da-saude-prende-grupo-em-catanduva.ghtml


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